Resumo:"O trabalho acompanha o ser humano desde os primórdios, sendo, inclusive, para muitos, a atividade que ele mais pratica ao longo de sua existência na Terra. Perpassaram-se os sistemas do comunismo primitivo, escravismo e feudalismo, até alcançar o vigente sistema capitalista de produção, e o trabalho permanece sendo um dos principais vetores da sociedade e do sistema socioeconômico. E, diante da sua importância no Estado Social de Direito, o trabalho passou a ser regulamentado ao longo do século XX. Assim, no decorrer dessa longínqua e tortuosa trajetória, o Direito e o Processo do Trabalho passaram por algumas mudanças para de alguma forma acompanhar as transformações ocorridas no mundo do trabalho, sendo, às vezes movimentos ativos e reativos, um trilhar com fluxos e refluxos. Foi assim que se deu na 1ª, 2ª e 3ª Revoluções Industriais, até que, na 4ª Revolução Industrial, para muitos denominada de Indústria 4.0, consubstanciada na cyberização e surgida na Alemanha, surge a transmutação da própria ontologia do trabalho. Por isso, torna-se necessário fazer uma análise de como o Direito do Trabalho deve atuar diante dessas profundas transmutações que estão ocorrendo no mundo do trabalho. Sendo assim, o presente artigo analisará como as quatro Revoluções Industriais comunicam-se entre si, no plano da horizontalidade, e o precípuo papel do Direito e do Processo do Trabalho diante desse diálogo constante entre elas."

Sumário:Da primeira revolução industrial : do suporte fático para o surgimento do direito do trabalho -- Da segunda revolução industrial : o surgimento do direito do trabalho -- Da terceira revolução industrial: a crise do direito do trabalho -- Da quarta revolução industrial : a desnaturação do direito do trabalho.