Sumário:A preocupação do Estado Liberal-clássico com a liberdade dos cidadãos -- O papel reservado ao juiz -- A tarefa meramente declaratória do juiz e a classificação trinária das sentenças -- O valor da não-interferência do Estado diante dos particulares sobre a impossibilidade de o juiz impor a multa -- O princípio da tipicidade dos meios executivos como garantia de liberdade -- A proibição da tipicidade dos meios executivos como garantia de liberdade -- A proibição das tutelas fundadas em "verossimilhança" e a "neutralidade" do juiz -- A ampla defesa e o contraditório como armas contra a possibilidade de arbítrio judicial -- A regra da nulla executio sine titulo como justificativa técnico-jurídica da impossibilidade de o juiz julgar com base em verossimilhança -- O dogma da uniformidade procedimental -- A influência da escola sistemática -- A confusão entre autonomia do direito processual civil e neturalidade do processo em relação ao direito material -- A indiferença pela desigualdade das posições sociais e dos bens -- A repercussão dos valores da economia liberal sobre a suficiência da tutela pelo equivalente -- A sentença condenatória como mecanismo "igualizador" das diferentes necessidades do direito material -- A unificação entre as categorias da ilicitude e da responsabilidade civil e sua projeção sobre o processo civil -- Explicação inicial -- A função do processo de conhecimento clássico -- Sua insensibilidade para a necessidade de prevenção do direito -- A dita função preventiva da ação declaratória, o liberalismo clássico e a escola sistemática -- A inidoneidade do processo civil para a prestação da tutela ressarcitória na forma específica -- A inadequação da ação cautelar para a prestação das tutelas inibitórias e de remoção de ilícito.