Resumo:"O que leva tanta gente a morrer de fome quando o planeta produz comida suficiente para alimentar toda a população mundial? Nem a ONU - Organização das Nações Unidas tem respostas conclusivas para a questão que, com honrosas exceções, afeta todos os quadrantes do planeta. Dados divulgados recentemente pela FAO sinalizam o recrudescimento do problema em países como o Brasil, que estava fora do chamado Mapa da Fome desde 2014. O tema veio à tona, recentemente, com declarações polêmicas do Presidente da República, que vieram de encontro aos relatórios da ONU e por outros indicadores que avaliam em 5,2 milhões o número de pessoas desnutridas no país, o equivalente a 2,5% da população. O problema tem a mesma idade da Humanidade, mas só se agravou, coincidentemente, desde que o homem teve acesso às tecnologias incrementadas pela revolução industrial. As soluções dependem da conjuntura geopolítica das diferentes regiões e, em muitos casos, de decisões legais alinhadas com as tendências ideológicas do governo vigente. Os hematomas dessa realidade são palpáveis quando se sabe que em 2018 havia 820 milhões de pessoas passando fome no mundo, como admitiu, em tom de fracasso, o brasileiro José Graziano da Silva, secretário-geral da FAO até julho desse ano. Governos, em geral, não creem em estatísticas, duvidando de quem as produziu. No caso do Brasil, a combinação de fatores políticos, sociais e econômicos, atemporais ou de caráter institucional podem “conspirar” para a volta do país ao famigerado Mapa da Fome mundial."

Sumário:O Estado e o direito à alimentação -- Fome, pobreza e insegurança alimentar -- América Latina também perde essa guerra -- Agenda 2030 : como será o amanhã?