Resumo:Aborda o problema da concentração e do monopólio da propriedade dos meios de comunicação partindo do pressuposto de que as fontes de informação, um alicerce fundamental na formação da opinião pública e do senso comum, devem estar dispersas, ou seja, em mãos de distintos donos, pois este seria um dos requisitos da própria democracia. O estudo parte da constatação de que o livre mercado não se mostrou capaz de garantir a livre concorrência isonômica e que novos atores entrassem no mercado, muito pelo contrário, seria o livre mercado quem mais contribui para que se consolide o monopólio da palavra, que priva a sociedade dos direitos fundamentais a informar, se informar e ser informado. Propõe-se como solução, para que se garanta um debate rico, com pluralidade de vozes e diversidade de opiniões, leis e regulamentos antimonopolíticos que imponham limites máximos de concentração, pois só dessa forma a pluralidade que marca a sociedade também será sentida na comunicação massiva.
Sumário:Breve histórico da evolução da concentração dos meios de comunicação -- A importância da dispersão da propriedade dos meios e sua relação com a democracia -- O monopólio dos meios e a lógica dos mercados.