Resumo:Este artigo apresenta uma série de pequenos estudos onde os tribunais constitucionais desempenham papel importante em uma ruptura constitucional como é o caso na Hungria, na Rússia, na Turquia e na África do Sul. Ilustra os elementos comuns que são compartilhados entre os tribunais intervencionistas em tais épocas: centralidade institucional, liderança forte e personalizada e divisão entre os ramos eleitos do governo Estado. Todos esses fatores combinam-se então com uma visão constitucional derivada do tribunal que sustenta a legitimidade de um tribunal constitucional no período extra-constitucional. Esta dinâmica é então aplicada em pormenor ao caso do Egipto pós-Mubarak, a fim de explorar a natureza efêmera e auto-limitante das intervenções.