Resumo:Cuida da aplicação da Lei Maria da Penha aos variados núcleos familiares existentes no Brasil. Atualmente, vive-se em conflito ideológico, especialmente em temas condizentes aos costumes e à família. Enquanto o poder judiciário amplia os limites de aplicação da Lei Maria da Penha aos arranjos familiares pós-modernos, o legislativo, na contramão, discute a criação do Estatuto da Família, restringindo a entidade familiar como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, pelo casamento ou pela união estável, ou, ainda, por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. Diante de tal paradoxo, defende-se a efetiva aplicação da Lei Maria da Penha às configurações familiares da sociedade atual, nas quais nem sempre figuram como par o homem e a mulher.