Resumo:Aborda aspectos da parentalidade nas uniões homoafetivas, tema de grande importância e relevância não só em cenário nacional, mas mundial, sendo objeto de discussão em diversos momentos e situações em todo o mundo. O foco da pesquisa é o registro de dupla parentalidade no contexto de conviventes do mesmo sexo. No Brasil, hoje já é possível que um par homoafetivo não só estabeleça união estável, como também contraia matrimônio; também estão sendo superadas as barreiras da adoção homoafetiva, mas ainda não há previsão legal sobre a possibilidade de se registrar um recém-nascido com o nome de dois pais ou duas mães na reprodução assistida, desconsiderando, para fins de registro, a consanguinidade. A motivação da discussão se deu por um caso concreto ocorrido no Brasil, no qual um juiz concedeu permissão a um casal de homens a registrar uma criança como filha de ambos, fruto de uma união duradoura e planejamento familiar.