Resumo:Aborda algumas das limitações e potencialidades oferecidas pelo cinema ao ensino do direito, a partir da presença ou ausência de um elemento problemático específico durante seu uso: o esforço de contextualização. Utiliza como substrato comparativo duas concepções distintas de emprego de material cinematográfico como recurso didático-pedagógico: aquela do cinema como ferramenta e aquela do cinema como estratégia. Cada uma dessas concepções relaciona-se de forma diversa com o esforço de contextualização, a primeira pela sua prescindibilidade e a segunda tendo-o por essencial. Partindo da hipótese de que ambas as concepções podem ser aplicadas em classe com relativo êxito, a depender da proposta da aula, a pesquisa desdobra-se em dois objetivos: primeiramente, verificar, por meio de pesquisa bibliográfica, as limitações e potencialidades desencadeadas por tais concepções para a aprendizagem em direito, à luz dos critérios de tempo e de formação de consciência crítica; e, em seguida, demonstrar a aplicabilidade concreta de ambas as concepções, mediante sugestões de emprego do filme Monsieur Verdoux (1947), de Charles Chaplin, em sala de aula.