Resumo:Parte dos ensinamentos do filósofo René Girard acerca dos mecanismos de contenção da violência pautados na lógica do "bode expiatório", presentes desde os primórdios da sociedade organizada e que refletem no contexto de decisionismo estatal hoje vivenciado. Nesse cenário, o Poder Judiciário exerce papel de garantidor da paz social com seus instrumentos de imposição. Em sentindo diverso emerge a proposta do novo Código de processo civil, apresentando a mediação como uma alternativa menos autoritária e impactante em relação às longas disputas judiciais, evitando que uma parte se considere vencedora enquanto a outra perdedora. Tratando-se da proposta de novo Código, verificamos que a lógica do bode expiatório também se aplica nessa questão, tendo o Código de processo civil vigente assumido o papel frente à insatisfação social com os entraves dos processos nos Tribunais.
Sumário:Mecanismos arcaicos de contenção da violência -- O monopólio da vingança nas mãos do Judiciário -- Instrumentos garantidores do monopólio da vingança -- A solução da crise do Judiciário -- Mediação -- A evolução do papel do advogado -- Guerreiro x mediador -- O Código de processo civil de 1973 como o "bode expiatório".